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ESG na construção civil: como alinhar rentabilidade, sustentabilidade e responsabilidade social

June 24, 2025 • [email protected]
Veja na TOTVS
ESG na construção civil: como alinhar rentabilidade, sustentabilidade e responsabilidade social

Gestão do canteiro de obras, orçamento apertado, cronograma justo: nesse cenário, falar em ESG na construção civil pode parecer mais um desafio, mas é justamente aí que ele se torna estratégico.

Sustentabilidade, responsabilidade social e governança corporativa são ferramentas que ajudam a reduzir custos, minimizar riscos e planejar obras mais atrativas para o mercado.

Por isso, o ESG tem se destacado como uma resposta estratégica às exigências de um setor que precisa entregar mais com menos impacto.

Neste conteúdo, você vai entender os caminhos para alcançar esse objetivo. 

Aqui, vamos apresentar exemplos de práticas, benefícios e desafios dos pilares ambientais, sociais e de governança, além de compartilhar dicas que vão te ajudar a implementá-los na sua operação.

Vamos começar?

O que significa ESG na construção civil?

O ESG na construção civil representa a adoção de práticas ambientais, sociais e de governança em todo o processo construtivo. Isso significa repensar projetos, obras e operações para ampliar a sustentabilidade, valorizar pessoas e manter a conformidade.

A sigla vem do inglês Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança) e, na prática, tem o objetivo de mensurar o compromisso das empresas com o impacto ambiental, a responsabilidade social e a ética na gestão.

Na construção civil, isso envolve desde o uso de materiais sustentáveis até a melhoria das condições de trabalho nos canteiros. 

Como funciona o ESG na construção civil?

Os critérios ESG funcionam como um guia para decisões mais estratégicas, sustentáveis e éticas nas diferentes etapas da cadeia de construção.

Com essa abordagem, você agrega valor ao negócio e contribui para a sociedade com projetos mais responsáveis. 

Esse é um passo importante para reduzir os impactos ambientais do setor — que é responsável por 37% das emissões globais de CO2, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas).  

Com as pautas ESG cada vez mais em foco, a forma de planejar, construir e gerir empreendimentos tem passado por mudanças importantes e ultrapassado o campo ambiental.

Isso se reflete em medidas que contribuem para as pessoas e os negócios, gerando benefícios nas mais diferentes áreas da operação — tudo de forma integrada.

Benefícios de adotar ESG na construção civil

Ao adotar os princípios ESG na sua operação, é possível observar vantagens em diferentes frentes do negócio. 

A otimização de recursos naturais é um dos principais ganhos, mas os pontos positivos vão além da esfera ambiental, contribuindo não apenas para o crescimento sustentável da empresa, mas também para a sociedade como um todo.

Entre esses pontos positivos, se destacam:

  • Redução de custos operacionais, graças à eficiência energética, ao reaproveitamento de materiais e uso responsável de recursos;
  • Estímulo à inovação, impulsionado tanto pela busca por soluções mais sustentáveis como pela promoção da diversidade no ambiente de trabalho;
  • Maior atratividade para investidores, parceiros e consumidores que priorizam práticas sustentáveis;
  • Fortalecimento da imagem institucional e, consequentemente, da confiança do público;
  • Melhoria das condições de trabalho, com maior atração e retenção de talentos;
  • Valorização dos projetos e empreendimentos no mercado;
  • Mitigação de riscos ambientais, sociais e legais.

Quais são as principais práticas sustentáveis na construção civil?

A busca por sustentabilidade não é uma novidade nas obras, mas os pilares ambientais, sociais e de governança trouxeram um direcionamento e uma ampliação das ações. 

Uma pesquisa realizada pela KPMG revelou as prioridades das empresas brasileiras no setor de construção civil para as ações ESG:

  • Uso de energia (96%);
  • Comportamento ético (96%);
  • Tecnologia e dados (88%);
  • Descarbonização e transição energética (88%).

Para entender essas transformações, confira a seguir alguns exemplos de práticas ESG na construção civil.

Pilar Ambiental

Este pilar está diretamente ligado à redução dos impactos ambientais das obras, com foco no uso responsável dos recursos e na gestão de resíduos. 

Alguns exemplos de ações incluem:

  • Aproveitamento de água da chuva;
  • Utilização de fontes de energia renovável nos canteiros e nos projetos;
  • Implantação de sistemas de gestão de resíduos para reduzir o descarte, reciclar entulhos e reaproveitar materiais;
  • Escolha de materiais sustentáveis nas construções, como tijolos ecológicos, madeira de reflorestamento ou concreto reciclado;
  • Projetos arquitetônicos com foco em eficiência energética, com técnicas como ventilação cruzada e melhor aproveitamento da iluminação natural.

Pilar Social

No pilar Social, o principal objetivo é melhorar as relações com os colaboradores, comunidades do entorno e usuários finais das construções. 

Algumas iniciativas que contribuem para isso são:

  • Avaliação do impacto social das obras na comunidade local;
  • Implementação de programas de saúde e segurança do trabalho;
  • Políticas de diversidade e inclusão nas contratações da empresa;
  • Capacitação profissional contínua para os trabalhadores do canteiro;
  • Desenvolvimento de empreendimentos que atendem a demandas sociais, como habitação popular ou acessibilidade.

Pilar de Governança

O foco da governança é garantir que a sua organização tenha uma operação alinhada a princípios éticos, transparência e responsabilidade corporativa.

Pensando especificamente no setor da construção civil, algumas ações que ajudam a alcançar este resultado são:

  • Planejamento estratégico orientado por metas ESG;
  • Criação de códigos de conduta e políticas anticorrupção;
  • Auditorias internas e controle rigoroso sobre contratos e licitações;
  • Transparência na prestação de contas a investidores e stakeholders;
  • Monitoramento de indicadores ESG para análise, gestão e mitigação de riscos.

Quais são os desafios da implementação de práticas ESG na construção civil?

A construção civil é uma área com alto potencial de transformação, principalmente no contexto ESG. No entanto, muitas empresas ainda enfrentam dificuldades para incorporar os pilares ambiental, social e de governança à sua rotina de gestão de obras.

Para enfrentar esses desafios, o primeiro passo é reconhecê-los. Por isso, listamos alguns dos principais:

  • Custo inicial elevado: a implementação de tecnologias e adoção de soluções sustentáveis pode exigir um investimento mais alto;
  • Integração entre áreas: criar uma operação integrada, com atuação coordenada dos setores nos três pilares, exige planejamento, preparo e comprometimento da equipe;
  • Ausência de políticas públicas: a falta de incentivos que estimulem práticas sustentáveis no setor pode intensificar a dificuldade econômica para adoção de ações ESG;
  • Falta de conhecimento técnico: o pouco aprofundamento nos princípios ESG dificulta a estruturação de aplicações práticas eficientes, alinhadas aos objetivos do negócio;
  • Mensuração de resultados: coletar, organizar e interpretar dados ESG com precisão pode ser um processo complexo, dificultando a análise dos resultados gerados por ações ambientais, sociais e de governança.

Como implementar ESG na construção civil?

O ESG pode ser um grande aliado dos projetos na construção civil, mas é importante garantir uma operação estratégica, capaz de reduzir desperdícios, otimizar processos e construir com mais responsabilidade, sem deixar a rentabilidade de lado.

Para que isso aconteça na prática, os pilares ambientais, sociais e de governança devem estar bem integrados na rotina da empresa — desde o planejamento até a entrega da obra. 

Com isso em mente, listamos algumas dicas valiosas para ajudar você a implementar o ESG na sua operação de forma eficiente. Confira a seguir.

Faça um diagnóstico da operação

O primeiro passo é entender a situação atual da empresa em relação aos pilares ESG.

Para isso, levante dados sobre consumo de recursos, geração de resíduos, condições de trabalho, diversidade na equipe e processos de compliance. 

Esse diagnóstico será a base para identificar oportunidades de melhoria e definir metas alcançáveis.

Estabeleça metas claras e mensuráveis

Com o diagnóstico em mãos, entenda quais são as prioridades e objetivos do seu negócio.

Elaborar uma matriz de materialidade ESG pode facilitar o processo: a ferramenta ajuda a analisar os temas mais importantes para a sua empresa e para os stakeholders. Ou seja, traz uma visão das medidas essenciais, sem deixar a rentabilidade de lado.

Com base nesta análise, defina objetivos para curto, médio e longo prazo, com indicadores que permitam acompanhar a evolução. 

Exemplos: reduzir em 20% o consumo de água nas obras em dois anos (mensurando m³ de água consumida por m² construído) ou garantir 100% de rastreabilidade dos fornecedores até 2026 (acompanhando percentual de fornecedores homologados com critérios ESG).

Invista em capacitação

Criar uma cultura ESG é essencial para o engajamento de todos os colaboradores com as medidas implementadas, e a capacitação contínua contribui para o fortalecimento desse ambiente.

A dica é oferecer treinamentos sobre práticas sustentáveis, segurança no trabalho, ética empresarial e outros temas alinhados aos princípios ESG na construção civil.

Priorize fornecedores sustentáveis

Escolha parceiros que também sigam princípios ESG, com práticas éticas, responsabilidade ambiental e boas condições de trabalho. 

Isso não só fortalece a cadeia de valor, como evita problemas que possam afetar a operação e a imagem da empresa.

Use tecnologia para monitorar as ações

Softwares especializados são grandes aliados para garantir mais eficiência, transparência e precisão na tomada de decisões, por isso, é importante investir neles. 

Ferramentas de gestão auxiliam no controle de consumo de recursos, emissão de relatórios ESG e rastreabilidade de metas.

Gestão ESG by Deep: solução para monitoramento e conformidade

O Gestão ESG by Deep é a solução que sua empresa precisa para monitorar as ações ESG com praticidade e eficiência. 

Ela automatiza e centraliza a coleta de indicadores ESG, facilitando o monitoramento e a conformidade com regulamentações ambientais, sociais e de governança. 

Integrada aos sistemas TOTVS e outros ERPs, a plataforma elimina controles manuais e, com isso, reduz riscos operacionais e financeiros na sua operação. 

Com dashboards intuitivos, o Gestão ESG by Deep permite acompanhar KPIs em tempo real, tudo em conformidade com os principais padrões de mercado.

Descubra como o Gestão ESG by Deep ajuda a tornar a sua operação mais sustentável!

Conclusão

Mais do que adotar boas práticas pontuais, a aplicação dos critérios ESG na construção civil exige um processo integrado, com indicadores que mostrem resultados concretos.

Seja com ações direcionadas à economia de recursos, melhoria do clima organizacional ou rastreabilidade na cadeia de fornecedores, o importante é definir metas claras e alinhadas aos seus objetivos de negócio.

Como vimos neste conteúdo, os benefícios vão desde redução de custos operacionais até o fortalecimento da imagem institucional e atração de investidores.

Mas, para aproveitar essas vantagens, é importante lembrar que existem desafios a serem superados. A mensuração de resultados é um deles.

Acompanhar os indicadores ambientais, sociais e de governança pode ser um processo complexo quando as metas não foram bem definidas e não existem ferramentas para otimizar a coleta e análise de dados. 

Depois de ler este conteúdo, você já sabe como resolver esse ponto: com o apoio do Gestão ESG by Deep, que automatiza toda essa etapa para você!

Outro passo importante é entender como divulgar os dados relacionados à sustentabilidade corretamente. 

Para isso, vale conferir nosso conteúdo sobre IFRS S1 e conhecer as diretrizes definidas por essa norma para a comunicação de riscos e oportunidades.

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